Em 27 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático. O livro tem uma significante importância para o processo de aprendizagem dos alunos, pelo fato de auxiliar o docente na condução das práticas pedagógicas
Segundo o Fundo Nacional da Educação (FNDE), todos os anos cerca de 150 milhões de livros didáticos circulam por mais de 140 mil escolas brasileiras e chegam a 40 milhões de estudantes. O Ministério da Educação (MEC) faz um investimento de R$ 1,9 bilhão anualmente em obras didáticas.
Preparamos este artigo para celebrar essa data, contextualizando o surgimento dessa comemoração e também evidenciando a relevância desse material. Confira!
Surgimento dos Livros Didáticos no Brasil
A circulação dos livros no Brasil se expandiu com a chegada da família real portuguesa, em 1808, e com a fundação da imprensa régia. As primeiras obras didáticas publicadas nacionalmente foram as traduções para a Escola Militar, já a produção dos livros didáticos foi impulsionada a partir de 1822, com a Independência do Brasil e com o decreto das primeiras leis no contexto educacional.
Entretanto, devido à escassez de papel, os livros eram impressos no exterior, com a finalidade de reduzir os custos. Apenas a partir de 1920, com o surgimento das primeiras indústrias de papel que a impressão nacional teve início.
Em 1930, durante o governo do Getúlio Vargas, foi criado o Ministério da Educação e, em 1938, a Comissão Nacional do Livro Didático. Com isso, tanto o número de estudantes quanto a circulação de livros aumentaram.
Em 1985 o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi criado. Com ele, o governo assumiu a responsabilidade pela compra e pela distribuição das obras didáticas para os alunos da rede pública de ensino.
A importância do Livro Didático
A importância do livro didático como instrumento de ensino se deve ao fato de ele ser um facilitador no processo de aprendizagem e no desenvolvimento do aluno. Ele representa um norteador para o professor, contribuindo para a formação das estratégias de ensino.
O livro didático é um ponto de apoio para auxiliar o educador, na medida em que ele traça um caminho e uma sequência para a aprendizagem, evitando que ocorram lacunas que prejudiquem o entendimento dos conteúdos. Além disso, esse material representa uma fonte confiável de consulta, tanto para os docentes quanto para os alunos e as suas famílias.
Apesar de o livro didático oferecer um suporte para o professor, o educador continua tendo a autonomia para construir a sua aula e toda a sua dinâmica. O uso do material ajuda na otimização do tempo, uma vez que fornece ao docente fontes de pesquisa e exercícios na própria obra. Dessa forma, o educador não precisa focar no “o que ensinar” mas sim no “como ensinar”, descobrindo novas metodologias para tornar a aula mais atrativa e os alunos mais engajados.
Cuidando do livro
O PNLD é executado em ciclos trienais alternados. Assim, a cada ano o FNDE adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino e repõe e complementa os livros reutilizáveis para outras etapas, que pode ser: anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental ou ensino médio.
Por isso, à exceção dos livros consumíveis, os livros distribuídos deverão ser conservados e devolvidos para utilização por outros alunos por um período de três anos. A devolução é fundamental para o bom funcionamento do programa.
Segundo Nadja, o FNDE envia os livros como doação, e cada rede, estadual ou municipal, é responsável pela redistribuição durante os três anos e destinação final, que pode ser a reciclagem, doação ao aluno ou outro tipo de ação.
“O material é escolhido para que resista bem os três anos e sempre enviamos informativos sobre a questão do cuidado”, disse, contando que muitas escolas têm ações que fomentam nos meninos o respeito pelo livro, como concurso de boas práticas, campanhas de encapamento e premiações pela conservação dos livros.
Quer saber mais sobre a história e a elaboração do livro didático? Confira o vídeo do Fundo Nacional da Educação:
Fonte: www.somospar.com.br